domingo, 9 de dezembro de 2007

perco-me.

e assim retrocedo.
perdendo-me pouco a pouco do começo.
sem passo, sem endereço.

manifesto-me.
e assim divido-me em partes que antes
não eram divididas.
me disfaço, passo a passo, recomeço.

perca-me.
e assim me perco nas paredes, nas vontades
nas merecidas horas de sono
que não reconheço.

iluda-me.
nas palavras desejadas
por cartas, passeatas e preços.
numa história mal contada, lado a lado
com o medo.
num coração despedaçado, acabado...















... do avesso.




(Por Miyu. SIM)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

é isso.


você é o unico que consegue me destruir por dentro.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

conselho ao desespero do passado, do presente e do futuro.

calma aí, não se desespere. não precisa surtar, não precisar fugir.
calma aí, não precisa pensar. não precisa sentir.
você tava errada sua idiota, você sempre está errada; mas isso não é motivo pra desespero.
está certo, caiu a mascara e o monstro foi revelado.
parabéns, estava certa com seu pessimismo. mas esqueceu de acrescentar que otimismo não leva a nenhum lugar.
esqueceu de dizer a si mesma que não adianta esperar muito de um ser humano.
patética, como tudo que seria patético, se mostrou por inteira e acabou na merda.
calma aí, não se desespere. tá tudo bem.
não precisa se esculachar, se amendrontar e se achar um lixo.
está tudo bem, calma aí.

está chovendo, aquela chuva que devasta o mundo, devasta a alma e dilacera casas e corações.
é o seu sentimento, garota. o seu.
e você sabe que a tempestade está por vir, mas que sempre o céu fica limpo e ensolarado depois.
POR QUE SERÁ?
o seu sentimento, o seu clima, o seu jeito de pensar. tudo é relativo.
exatamente, é assim como você pensa. e pq não?! não seria mto dificil acreditar que esse seria o seu mundo, do jeito que vc quer construir, com pessoas que vc quer moldar.

não tem importancia, pq ninguém dá importancia. ninguém olhará nos teus olhos e descobrirá um mundo que somente você vive. um mundo da sua escolha, do seu modo, do seu proprio autismo. ninguém olhará no seus olhos e irá querer estar nesse mundo.

ele é somente seu.
o céu é somente seu.
o mundo é somente seu.

não se desespere, garota. a vida é só um filme.
e sua trilha sonora está perfeita.
então não faça cenas. não faça dramas.
você somente caiu no conto do vigário de sempre.

menininha de merda. supere-se.

não se desespere e leia isso novamente.
não se desespere e leia isso futuramente.
não se desespere e se acalme com isso posteriormente.
não se desespere, saiba que eu... como você, estarei aqui quando você, como eu, precisará de mim.

porque o ser humano é uma ilha e nossos melhores amigos são nossas almas.

não se desespere. meu eu, meu seu, meu mim.

pro inferno você e seus sentimentos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

um pouco de mel com merda.

aquela coisa de se pensar numa pessoa por um tempo e se descobrir pensando nela. quando vc não tem nada pra fazer, olha o céu e pensa. aquele tipo de pessoa que vc está esperando algum passo em falso para deixar de ser perfeito e mostrar a sua humaneza. uma grosseria qualquer, um tapa na cara, uma mentira revelada, algo.
talvez há algo por trás daquele emaranhado de cabelos faciais, do sorriso e do jeito de malandro. algo que demonstre um monstro, um cordeiro ou um lobo. ou algo que me faz sentir pura e simples, como deve ser. está ali estampado para todos verem, sem confusões e sem complicações para minha cabeça. eu gosto de ti e vc gosta de mim, fim. é isso. pronto. sem não dizer nada, deixando tudo às claras.

e qual é a dificuldade disso? pq as pessoas não tomam exemplo?
MIREM! OLHEM! VEJAM! aquele menino e aquele menina sentados, tão simples e tão puros. tão verdadeiros e tão poéticos. tão SINCEROS e tão incomuns.

e ninguém deixaria de sentir, de dizer, de ser puro. de tatear a outra pessoa e se deixar levar pelo sentimento, de beijar uma pessoa pensando em como ela gosta do beijo, sentir o cheiro simplesmente pra lembrar, não dizer mais do que o necessário.

os relacionamentos seriam mais intensos, as pessoas mais felizes e sadias, as almas mais tranquilas e o mundo mais liberal.
o sentimento humano seria mais compensatório, mais humano, mais bucólico. E todos virariam cinzas e não bostas.


e nem tudo seria patético se não fossemos patetas.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

is dead.


tenho que pensar numa maneira de parar de pensar.

uma pilha de remédios, um computador lerdo, um corte na coxa esquerda, um maço de cigarros, um porre federal, uma carne destrutiva, um poder de negação, um ódio da destruição, um jeito de vomitar, um grito, um rosto, um sentimento, um fio desencapado, uma descarga elétrica, um passatempo arriscado, uma roleta-russa, um ponei galopante, uma bisteca azeda, um estomago estragado, um rim, um figado, uma gata, uma criança morrendo, uma vivissecção, uma dissecação, uma obturação, uma calefação, um aquario, um prestigio, uns dinheiros, uma noite, uma pessoa, um alguém, uma arma, uma vida, uma morte, um passarinho, um galho de arvore, um trombone, um teatro, um drama, uma comedia, um filme, um jeito, um sorriso, um gosto, uma escrota, uma idiota, um lapis cor de pancreas, um Jhonny Depp, um all night long, umas doses de vodka, um blues, uma gaita, um cisco, uma encheção de saco do caralho.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

décadence avec élégance.

caindo com luxo.
sem saber se estarei batendo de cara no chão ou numa nuvem de seda azul.
caindo sem sentido e sem história. sem passado e sem glória.
caindo num abismo um pouco delicado para qualquer queda drástica.

talvez seja o dia nublado e as nuvens cinzas.
por que o dia trás cores que as pessoas não veem?
um dia nublado, um dia cinza; chuvoso... cheio de mistérios.
dia claro, céu aberto, cor amarela com um pouco de laranja; calor... ânimo.
dia frio, o sol parece frio, dia azul... com uma mistura de marrom e branco... alegria!

e o dia está cinza. tudo está cinza. e a decadência vai tomando conta.
um pouco de indiferença, uma confiança em filosofia e uma mochila nas costas.
uma liberdade não adquirida, um pensamento conquistado e uma atitude resolvida.
pronto! está tudo pronto! estarei bem, decairei com elegância e displicência.




porque o show não pode parar.

sábado, 8 de setembro de 2007

febre psicológica.

Hoje à noite
Lua alta
Faltei
E ninguém sentiu
A minha falta


Paulo Leminski





... não tem mais o que dizer.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

T

eu descobri que despertei uma certa tara escondida no amago do meu cérebro vermelho... descobri que gosto de homens inteligentes que sabem debater, machistas daqueles que te pegam de jeito e te faz mulher, com um toque de sarcasmo e uma pitada de romance.

bom de cama, deveras.

deve saber sentir, respirar, amar, estranhar, gostar. querer bem mesmo quando não quer, não ter ciumes, saber que não sou de um... sou do mundo, sou da vida.

saiba viver solamente. sem frescuras ou fissuras. com vicios, manias, desajeitos, defeitos, humano, errado.

que brigue comigo, que me deixe irritada, que me faça amá-lo, quere-lo, desejá-lo.

que seja belo ao meus olhos, aos olhos dos outros, aos olhos do mundo. que seja amado, respeitado, querido.

que saiba que a vida é uma merda mas que podemos fazer dela algo.


um homem como qualquer homem, mas diferente de TODOS os homens.



e que goste de vodka, blues e café também.





fim

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

CACA DE NARIZ

Aquela caca de nariz grudada há horas, dias, semanas, anos talvez, no fundo do seu nariz. Aquela caca estranha de se tirar. Não sai por bosta nenhuma. CACA MALDITA!
Aquela caca de nariz que você cotuca, cotuca e cotuca e não sai de seu nariz. Está lá para te lembrar que nunca vai sair da sua vida, que sempre será uma caca de nariz encrustada.
Que te lembra que mesmo que vivas sem ela, te surpreende qualquer dia aparecendo e te deixando com vergonha. Caca de nariz infeliz que merece ser sugada.
Sugada do meu coração talvez.
Sugada do meu cérebro.
Sugada do meu nariz.

Aquela coceira que ela te influencia, te faz odiá-la por essa caca de nariz ser assim. Te faz querer arrancar com um palito de dente, ou aspirador de pó. Aquela vontade imensa de não querer dormir mas ao mesmo tempo que passe logo as horas. E essa caca de nariz sair da minha cabeça.
Rodopia, rodopia, explora meu corpo como se fosse dona. Caca de nariz que resolve ficar na minha cabeça por um tempo muito demorado.

caca esperta.
caca esperta.
caca esperta.




algum dia eu te tiro sua merda verde.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

E S T A T I C A


Não vale mesmo a pena não
Se eu choro é por causa de você
Se eu deixo os dias passarem assim
É porque perdi a vontade de viver
Alegre ou triste o que é que vai mudar em mim?
Se eu choro é por causa de você
Se eu deixo os dias passarem assim
É porque perdi a vontade de viver
Alegre ou triste o que é que vai mudar...
Se você ainda quer estar
Nos dias que já passaram, não sei
Mas sobrou pra mim
Permaneço aqui estático
Não vale mesmo a pena não
Levantar e ver.
... na minha cabeça todos dançavam conforme a melodia.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

O Retorno ao nada.

É aquele vazio intenso.
algo como se uma bola de nada peludo invadisse seu amago e fizesse você voltar ao tempo e aos sentimentos esquecidos.
Amo o nada. retorno a ele de braços abertos e com aquela certeza inexata que sempre tive. e aquela ansiedade consumindo algo que para mim parece tão certo.
ode ao nada.
vou sonhar e fantasiar coisas que talvez possa acontecer. ou talvez é só minha mente idiota buscando apego ao nada.
aquele nada que ao mesmo tempo é tudo.
aquele nada que me conhece mesmo sem saber.
aquele nada.

nada abstrai meus pensamentos.
nada possui um pedaço bem grande do meu coração.
nada me faz delirar ao me olhar.
nada me atrai em qualquer sentido.
nada me faz ter saudade.


nada. somente nada.
amo.
tenho certeza.
é o nada único, absoluto, solene.
apenas.
amo nada.
nada amo.
me ama nada.
nada me ama?


não quero nada.
apenas nada.
quero nada.
pensando em tudo.

sábado, 28 de julho de 2007

Dazed and Confused

e é assim. eu não sei, vc não sabe. não sabemos. não sentimos. não tocamos.
estranho, assim. sem saber se o gosto era bom ou não. se tinha vontade ou não. se quer ou não.
ou fode ou sai de cima, sai logo da porra da moita ou fica ai dentro absorvendo cada pedaço de olhar, talvez.
eu vou cansar.
se cansar, talvez eu faça a ultima tentativa. te dou uma porrada ou um tapa na cara. dai da aquele beijo e pronto.
end of story.
ou talvez não consiga chegar e falar "ei caralho, tá olhando o que? venha me beijar" ou talvez eu não consiga ir mesmo ao ponto. ou talvez eu esteja muito loka.
está frio, está muito frio e eu estou esquisita. querendo gritar, cuspir, rastejar, fazer alguma loucura.
pegar o carro, ir até ai, te sequestrar e simplesmente ir. sem saber, sem entender, sem querer.

é.. enfim, as coisas são assim. estranhas sem sentido.

mundo bipolar e caótico e eu continuo neutra e neurótica.



baby, i'm gonna leave you.



terça-feira, 10 de julho de 2007

absorva


vai, me absorve que hoje eu quero ser só seu

me dissolve e mexe com a colher

o seu prato predileto e quando eu digo não

não quero mais ser só

não quero mais ser seu só

não quero maisme absorva mais

seu sorriso é um paraíso

e no ar voou em transe ao sol

para me livrar de tanto mar resolvi espairecer,

aparecer sem avisar

pra não ser sempre na mesma rotina de ilusões


Vai, me ab-sorve que hoje eu quero ser só seu

Me dissolve e mexe com a colher

O seu prato predileto e quando eu digo não

Não quero mais ser só

Não quero mais ser seu só

Não quero mais, não mais, não mais

Me absorva mais, me absorva mais...


Seu sorriso é um paraíso

E no ar, vôo em transe ao sol

Para me livrar de tanto mar

Resolvi espairecer, aparecer sem avisar

Pra não ser sempre na mesma

Rotina de ilusões

Mesma rotina de ilusões
vai... me absorva!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A nuvem.

estou sentindo aquela nuvem dentro da barriga. que fica se mexendo e querendo subir pela garganta. nuvem chata, fica aí dentro.
eu olho e lembro, cuspo e rio, fumo e vejo, aquilo volta. nuvem maldita! engulo de volta e entro em frênesi. misturou tanta coisa...
eu deitei e vi o céu.. e a vista de cabeça pra baixo. o céu reunia orquestrando um blues de primeira. hendrix estava lá para apimentar um pouco, janis fazia uns back vocal com sua gritaria sádica, wc handy mostrava pq era o pai, billie holliday cantava rindo e chorando ao mesmo tempo.
ah, que céu lindo!!!
e a imagem de ponta cabeça mostrava luzes amarelas brilhantes caindo no céu de grama. eu ria, cantava
babe, i'm gonna leave you... e ao lado um martírio.
me traga uma dose de vodka, por favor, hoje é dia de brindar!
é dia de derrota, de amargo, de felicidade, de paz, de férias, de terror, de saudades, de muitas saudades..
nuvem idiota que não para de crescer, não me traga mais um pouco de estufamento.
eu queria mais uma overdose de tudo.







por que agora não há mais escapatória. é dia de realismo, sem autismo. :(

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Quem pôs sal no meu café?

Está tudo muito salgado aqui. Estou precisando de um pouco de doce, um pouco de cor. Sinto tanta falta do sabor. Daquele gostinho de abraço, beijo, carinhos e sentimentos utopicos e estapafurdios de qualquer idiota enamorado.
Eu sei que as coisas são como elas devem ser... mas tem coisas que não deveriam ir conforme a música. Tem coisas que não deveriam voltar... tem sabores que não deveriam dar aquela vontade de querer mais.
Aquela merda de sentimento guardado lá no fundo do coração, naquela caixinha jogada do baú, naquela carta esquecida há anos na gaveta. Aquela merda de sentimento que volta quando tudo não estava tão perdido, quando era fácil não sentir.
Volta aquela bosta daquela angustia e a vontade de gritar e abraçar O NADA.
MERDA.
Volto eu pensando e filosofando e iludindo absolutamente tudo que não deva ser compreendido, querendo ir em direção àquele que não está mostrando o caminho. Andar em circulos para depois dar de cara com a parede.

Cadê aquele doce e amargo sabor de foder com qualquer coisa que esteja me prejudicando? Cadê aquela carapaça dura que tinha se formado conforme o tempo? Cadê meu sono confortavel e tranquilo que eu tinha até ontem mesmo?

Droga, que se foda, vou fumar um cigarro e tomar um café...


mas quem pôs sal na porra do meu café?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

SILÊNCIO, MUNDO!!!



me deixem sentir

respirar

gelar

suar

tossir

pensar

imaginar

desenhar

rir

assim eu desisto de entender o que não tem que ser entendido.

domingo, 20 de maio de 2007

O tempo, este de cabelos cansados...

... me mostrou que ele pode pregar peças. E de vez em quando apostar em jogos sentimentais...














... e ganhar. :(

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Espere...

Espere um pouco mais enquanto eu ainda recupero a saliva.
Sim, tudo bem. Agora estou bem, não vê?
Ah não, meu caro, eu agora já não mais me importo.
"Faço promessas malucas como um sonho bom." mas sem a intenção de sentimentalismos.
Eu voltei, sabe?
Mas eu voltei com o coração amargo, um pouco carente, um pouco solitário, com uma pitada de tristeza e uma dose de saudade.
Aquela saudade daquele tempo que não faz muito tempo. Saudade da boca, do sorriso, do olhar, do gesto, dos carinhos. Saudade amarga. Doída. Saudade que abafa qualquer sentimento que antes eu cuspia.
Te ignoro agora. (mesmo sem querer)
Porque vc me ignora também. Talvez. Talvez não.
E há promessas ilusórias mas tão "reais".
Espere...
acho que ouvi um barulho...
É seu coração? Se quebrando? Ah... será?
Acho que foi tarde demais, acho que falei demais...
Mas espere!
Ainda a saliva não se recuperou... e ainda estou me perdendo entre as palavras do teclado...
Droga, achei que ia sobrar um restinho de estupidez. Agora há estupidez e meia... mais meia hora de desagrado e torpor.


Voltemos a estaca zero. Voltemos a não pensar mais. E tudo será silêncio.

sábado, 5 de maio de 2007

À procura




ah.... aquele sorriso!


















... aquele maldito sorriso!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Recupere-se

Respire.

Inspire.
Expire.
Inspire.
Expire.
Interprete-se.
Pense.
Expire
Inspire.
Perca-se.
Desça.
Expire.
Inspire.
Inspire-se.
Recupere-se.
Apaixone-se.
Expire.
Inspire.
Foda-se.
Cale-se.
Expire.
Expire.
Inspire-se.
Inspire.
Respire...



... apenas respire sem sentir.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

I (high)


Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo.
Não vai dar mais pra chorar
nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Ja não sinto nada!



(A. Antunes)







... e a vodka pura continua.

sábado, 14 de abril de 2007

SOCORRO

Socorro, eu quero descer.

E ele tava lá mostrando o que tinha me mostrado para outra pessoa.
Dói demais não ser eu.
E aquela pessoa tão sem graça, tão sem um pouco de mim, estava lá aceitando aquelas palavras e gestos.
Dói demais não poder quebrar a cara dela.

Socorro

E eu fico assim, calada, muda , não vista.
Tento sorrir, tentativa falhada.
Tento falar, só sai besteiras.
Dói demais ver que ele está longe.

Socorro

E peço as estrelas.
E peço sumir.
E peço demais.
E ele deita no colo da ninfa e se faz de rei.
E as caricias, o sorriso que antes era meu.
Dói demais ser eu.

Socorro

E ele não se importa. E ele provoca.
Eu sorrio, boba, idiota, covarde.
E me pergunto tantas vezes "Por quê?"
Ele fala, ele olha, ele me conhece.
Ele fala pra ela, fala pra ela de mim.
E eu morro.
Dói demais sentir ciumes.
Dói demais não saber.

SOCORRO, EU QUERO DESCER!

Eu não quero mais sentir.
Não quero mais ele.
Não quero mais dor.
Não quero ver isso de novo.


SOCORRO
SOCORRO
SOCORRO





... socorro :(

quarta-feira, 11 de abril de 2007

bestrafe mich.


Olhei e ele me olhou.
Sorri e ele sorriu de volta.
Me perdi nos pensamentos e pego um sorriso disfarçado no meu rosto.
Olho e ele também sorri.
Disfarço e tento não parecer querendo ir até ele para lhe beijar.
Está tudo escondido. Estamos escondidos. E ninguém sabe.
Entre vodka, risadas, olhares.... provocações! Ah me provoca, me tente!
E ninguém sabe, mas sente.
Carinhos publicos e visiveis. Eu sorrio.
Risadas, olhares, pensamentos, frases, verbos, palavras, sí - la - bas.
Cada passo, cada jeito, cada peça... se dispersando.

As pernas começam a ficar fracas.
O estomago se desmonta.
O coração acelera.
O cérebro explode num desejo e uma alegria.

Torpor.

E eu não queria.
Eu não precisava.
Mas eu não aguento, ele está lá e está me olhando.

Ele sente? Eu não sei. Eu sinto.
Ele vê? Eu não sei. Eu vejo.

E as pernas não obedecem.
O estômago fica vazio e ao mesmo tempo cheio.
O coração acelera mais ainda a ponto de senti-lo.
O cérebro desconhece qualquer coisa que seja dita, vista ou sentida.

Torpor eterno.

E eu não queria.
Eu não precisava.E tudo que é dito é feito. É vivido. E confuso.
Ele sabe. Ele me castiga.
Eu o quero. Ele sabe. Eu sempre quero. Ele não sabe.
Eu sinto. Ele sabe. Eu sempre sinto. Ele não sabe.

Me aquece. Me ajuda. Me anima.
Me vicia... demais.





Você é minha droga. DROGA!



Gráficas e Tubérculos

Eu juro que eu gostaria de poder inventar uma máquina que me fizesse levar para um lugar estranho e inexato.
Onde o tempo não importa, as palavras não importam, as coisas não importam. As pessoas só saberiam sentir. Tatear informações, conversar por olhares, sentir o cheiro de cada pessoa e amá-las de qualquer forma.
Onde tudo seria simples e perfeito. Não haveria confusão. Saber o que a outra pessoa pensa, todos estarem conectados entre si através do pensamento. E nada seria ao acaso, tudo teria um porém. Um jeito. Uma forma.
Onde o amor não seria o "x" da questão. Não seria esse caminho inexato e inconsequente. Não sentiriamos pelo coração. Viveriamos pela razão. Sentiriamos pelo cérebro. Bem simples e perfeito.




Mas nem tudo é perfeito nesse mundo que vivo. Nesse mundo radical onde as pessoas não falam! Por que as pessoas não falam? Por que deixam de falar o que sentem, o que pensam?

Por que tudo é uma incognita?


Por que VOCÊ é uma incognita?