quarta-feira, 27 de junho de 2007

A nuvem.

estou sentindo aquela nuvem dentro da barriga. que fica se mexendo e querendo subir pela garganta. nuvem chata, fica aí dentro.
eu olho e lembro, cuspo e rio, fumo e vejo, aquilo volta. nuvem maldita! engulo de volta e entro em frênesi. misturou tanta coisa...
eu deitei e vi o céu.. e a vista de cabeça pra baixo. o céu reunia orquestrando um blues de primeira. hendrix estava lá para apimentar um pouco, janis fazia uns back vocal com sua gritaria sádica, wc handy mostrava pq era o pai, billie holliday cantava rindo e chorando ao mesmo tempo.
ah, que céu lindo!!!
e a imagem de ponta cabeça mostrava luzes amarelas brilhantes caindo no céu de grama. eu ria, cantava
babe, i'm gonna leave you... e ao lado um martírio.
me traga uma dose de vodka, por favor, hoje é dia de brindar!
é dia de derrota, de amargo, de felicidade, de paz, de férias, de terror, de saudades, de muitas saudades..
nuvem idiota que não para de crescer, não me traga mais um pouco de estufamento.
eu queria mais uma overdose de tudo.







por que agora não há mais escapatória. é dia de realismo, sem autismo. :(

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Quem pôs sal no meu café?

Está tudo muito salgado aqui. Estou precisando de um pouco de doce, um pouco de cor. Sinto tanta falta do sabor. Daquele gostinho de abraço, beijo, carinhos e sentimentos utopicos e estapafurdios de qualquer idiota enamorado.
Eu sei que as coisas são como elas devem ser... mas tem coisas que não deveriam ir conforme a música. Tem coisas que não deveriam voltar... tem sabores que não deveriam dar aquela vontade de querer mais.
Aquela merda de sentimento guardado lá no fundo do coração, naquela caixinha jogada do baú, naquela carta esquecida há anos na gaveta. Aquela merda de sentimento que volta quando tudo não estava tão perdido, quando era fácil não sentir.
Volta aquela bosta daquela angustia e a vontade de gritar e abraçar O NADA.
MERDA.
Volto eu pensando e filosofando e iludindo absolutamente tudo que não deva ser compreendido, querendo ir em direção àquele que não está mostrando o caminho. Andar em circulos para depois dar de cara com a parede.

Cadê aquele doce e amargo sabor de foder com qualquer coisa que esteja me prejudicando? Cadê aquela carapaça dura que tinha se formado conforme o tempo? Cadê meu sono confortavel e tranquilo que eu tinha até ontem mesmo?

Droga, que se foda, vou fumar um cigarro e tomar um café...


mas quem pôs sal na porra do meu café?