segunda-feira, 15 de outubro de 2007

um pouco de mel com merda.

aquela coisa de se pensar numa pessoa por um tempo e se descobrir pensando nela. quando vc não tem nada pra fazer, olha o céu e pensa. aquele tipo de pessoa que vc está esperando algum passo em falso para deixar de ser perfeito e mostrar a sua humaneza. uma grosseria qualquer, um tapa na cara, uma mentira revelada, algo.
talvez há algo por trás daquele emaranhado de cabelos faciais, do sorriso e do jeito de malandro. algo que demonstre um monstro, um cordeiro ou um lobo. ou algo que me faz sentir pura e simples, como deve ser. está ali estampado para todos verem, sem confusões e sem complicações para minha cabeça. eu gosto de ti e vc gosta de mim, fim. é isso. pronto. sem não dizer nada, deixando tudo às claras.

e qual é a dificuldade disso? pq as pessoas não tomam exemplo?
MIREM! OLHEM! VEJAM! aquele menino e aquele menina sentados, tão simples e tão puros. tão verdadeiros e tão poéticos. tão SINCEROS e tão incomuns.

e ninguém deixaria de sentir, de dizer, de ser puro. de tatear a outra pessoa e se deixar levar pelo sentimento, de beijar uma pessoa pensando em como ela gosta do beijo, sentir o cheiro simplesmente pra lembrar, não dizer mais do que o necessário.

os relacionamentos seriam mais intensos, as pessoas mais felizes e sadias, as almas mais tranquilas e o mundo mais liberal.
o sentimento humano seria mais compensatório, mais humano, mais bucólico. E todos virariam cinzas e não bostas.


e nem tudo seria patético se não fossemos patetas.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

is dead.


tenho que pensar numa maneira de parar de pensar.

uma pilha de remédios, um computador lerdo, um corte na coxa esquerda, um maço de cigarros, um porre federal, uma carne destrutiva, um poder de negação, um ódio da destruição, um jeito de vomitar, um grito, um rosto, um sentimento, um fio desencapado, uma descarga elétrica, um passatempo arriscado, uma roleta-russa, um ponei galopante, uma bisteca azeda, um estomago estragado, um rim, um figado, uma gata, uma criança morrendo, uma vivissecção, uma dissecação, uma obturação, uma calefação, um aquario, um prestigio, uns dinheiros, uma noite, uma pessoa, um alguém, uma arma, uma vida, uma morte, um passarinho, um galho de arvore, um trombone, um teatro, um drama, uma comedia, um filme, um jeito, um sorriso, um gosto, uma escrota, uma idiota, um lapis cor de pancreas, um Jhonny Depp, um all night long, umas doses de vodka, um blues, uma gaita, um cisco, uma encheção de saco do caralho.