quinta-feira, 7 de agosto de 2008

o queijo

ela sentiu entrando e enfiando. saia sangue e ela gritava de dor. um arrepio na espinhas a fazia congelar os nervos e ela entrava em transe, não existia nada que a fizesse querer isso mais do que ela mesma acreditava.

Ela não sabia que era daquele jeito. que era assim tão simples e pronto. tudo fode. ela não sabia que era só curtir e esperar lentamente tudo acontecer e o sangue parar e as vistas sumir e ela pensar que agora terminou.

tudo escuro. tudo silêncio. agora sim ia ficar em paz. não sentia mais nada e não conseguia mais ter dor. droga, era bom ter dor. a fazia voltar a consciencia e a pensar que ainda tinha alguns suspiros. aquela sensação de ultimo suspiro era muito agradavel na situação que ela se encontrava.

ela tira. lentamente aquilo vai saindo de si fazendo-a sentir cada movimento e cada segundo. aquilo vai sangrar. vai doer. ela sabe. quando termina, a dor novamente. agora ela sente mais intensa, o sangue aumenta e as pontadas começam a ficar forte.

cai no chão, dá vários ultimos suspiros e fica esperando a dor passar. em posição fetal lembra da sua vida inteira. era tudo cinza, que se foda sua vida. vamos agora só pensar no momento. dor. dor. dor e caos interno. ela não consegue mas raciocinar, seus pensamentos vão indo embora como o sangue e ela só espera o ultimo dos ultimos suspiros nunca dantes sentidos.

tudo se apaga.

quando tudo se acende.

bosta! mais um objetivo não cumprido e não bem realizado. estava viva. a faca não entrou totalmente na parte que deveria morrer . ela fez errado novamente.

idiota. só faz coisa errada. nunca acerta.

NEM SE MATAR CONSEGUE!